O Fernando da Silva é professor regente de Sociologia, História e Filosofia para turmas de ensino médio. Professor de História pra ensino fundamental. Graduado em Ciências Sociais (licenciatura) pela Faculdade de Ciências Sociais (Fcs) na Universidade Federal de Goiás (UFG). Mestrando em Sociologia pelo programa de Pós-Graduação em Sociologia – PPGS/UFG turma 2020.
O Fernando da Silva, vai contar um pouco da sua historia, experiencia na Cronoshare, conselhos e dicas, aqui na nossa seção entrevistas com os profissionais de destaque da Cronoshare. Todas as semanas, você vai conhecer um pouco melhor aos melhores profissionais que confiaram e confiam na Cronoshare para expandir e melhorar os seus negócios.
Acompanhe aqui as suas experiências, histórias e conselhos para a comunidade Cronoshare.
Área de atuação: Educação
Cidade: Goiânia – Goiás
Avaliação media de clientes: 10
Profissionais de Destaque da Cronoshare: Fernando da Silva
Indique a qual é a sua profissão, como começou o seu negócio, seus anos de experiência, e quando começou na Cronoshare.
Sou professor de humanas, graduado em Ciências Sociais na Universidade Federal de Goiás (UFG). Atualmente cursando pós-graduação (nível mestrado – Stricto Sensu) em Sociologia (UFG). Comecei a dar aulas de Redação em 2007 quando ainda fazia o curso de Letras/inglês (não concluído). Percebi que precisava de uma formação melhor em termos profissionais já que meu intento era ser professor. Com o tempo, entrei para as Ciências Sociais e me apaixonei pelo campo de trabalho.
No começo, dei aulas gratuitas em programas sociais da prefeitura de minha cidade e cidades vizinhas às minhas. Fora um período incrível de muito aprendizado e ganho epistêmico para minha carreira. Minhas aulas são diferentes das aulas tradicionais, e quando informo isto, as pessoas às vezes se demoram em considerações que, normalmente não as levam a canto algum.
Porque digo que minhas aulas são diferentes? Pelo simples fato de ver (perceber) os/as estudantes como sujeitos em formação intelectual, porém um sujeito que já chega em sala de aula formado (muitas vezes) moralmente pela família, que é o primeiro “campo de batalhas” dos enfrentamentos que dizem respeito à formação moral, do caráter do indivíduo, suas preferências, e algum trauma seja ele qual for.
Sendo professor de escola pública, tive tempo que aprender que um “aluno” (gosto de chamá-los/las estudantes), quando chega em sala de aula mal humorado, ou triste, dormindo em sala, é por alguma razão mais forte. Normalmente pensamos que é conosco o problema: “será minha aula é tão ruim assim?”. Mas não, é por também terem uma vida “lá fora” que devo respeitá-los/las enquanto sujeitos sensíveis, assim como eu acredito que sou.
Comecei na Cronoshare a 3 meses e entro no site todos os dias.
O que você mais gosta no seu trabalho?
O diálogo, para mim, é uma das coisas mais incríveis que a humanidade pode desfrutar. Afirmo isso porque é justamente a linguagem que nos fazem diferentes dos outros animais. É pela via da linguagem que nós (historicamente) desenvolvemos a transferência do conhecimento de um para o outro. E esta forma de conduzir as coisas nos fazem diferentes, acaba nos colocando em conflitos, resoluções, soluções, define caminhos, abre portas, enfim, cria um “mundo” de possibilidades dentro do corpo social.
Por perceber a docência de forma diferente, por considerar o estudante como alguém também capaz de me ensinar dentro e fora de sala, me faz sentir que sou mesmo distinto da maioria dos/as colegas que muitas vezes me chamam pra desabafar e me perguntar “como eu consigo conduzir uma aula sem tormentos?”. Respondo: simplesmente porque vejo as pessoas como elas são, sem exigir delas nada além do que possam oferecer, não quero a perfeição, é justamente nos conflitos que resolvemos nossos problemas.
Debater, e às vezes discutir calorosamente, não é o mesmo que brigarmos. Ficamos descontentes, muitas vezes, por não terem nos compreendido, mas e eu, será que me coloquei no lugar daquela pessoa que está ali, muitas vezes constrangida por uma miríade de problemas que não faço ideia e que, talvez, aquela pessoa nunca revelará quais são suas verdadeiras demandas se eu (o/a professor/a) não me dispuser a ouvi-lo/a e percebê-lo/a.
Quantos clientes ou serviços você já conseguiu na Cronoshare? Dê alguns exemplos
Apenas uma. Trata-se de uma doutoranda em Biologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Sua dificuldade era justamente perceber o próprio texto. Sendo ela muito inteligente, mas profundamente envolvida em sua tese, por um momento precisou de uma ajuda para organizar as ideias contidas no texto que estavam um tanto quanto fora de lugar (vamos dizer assim).
Quais os métodos que utiliza para entrar em contato e/ou obter um cliente ou emprego?
Não são métodos, são técnicas. Primeiro, adquiro o contato da pessoa pela mecanismo disposto na plataforma, em seguida escrevo um texto de apresentação pessoal sem delongas. Observo se qual a preferência do/a cliente para realizar contato, em seguida envio esta apresentação seja por e-mail, whatsapp e outros.
Aguardo o retorno positivo do/a cliente. Se houver uma resposta positiva, determino as estratégias de ação e, junto ao cliente, combinamos a melhor maneira de realizarmos as aulas.
Você tem alguma historia interessante ou divertida sobre um cliente?
Certa feita, um estudante que chamarei de “M”, indagou-me: “Professor, por que o senhor vem sempre de bicicleta pra escola?”. “Porque em casa temos apenas 1 carro. Minha esposa vai para o trabalho com o carro e eu venho para o meu trabalho de bicicleta. Assim cuido mais de minha saúde e me torno 1 carro a menos no trânsito”. Ele riu achando engraçado.
Depois de um tempo, “M” começou a vir de bicicleta para a escola. Todo feliz, até seu humor mudou. Mudou tanto que passou a participar mais das aulas. Era assim nas aulas presenciais, sempre fui companheiro de meus/minhas turmas. “M” cresceu, arranjou emprego no que queria e acabou entrando para Faculdade de Odontologia na Universidade Estadual de Goiás (UEG).
Um dia, um outro estudante veio até minha mesa me perguntar uma coisa que estava lhe corroendo por dentro: “Professor, se eu te falar o que eu quero ser, o senhor não vai gostar mesmo..” Então disse: “Pode falar tranquilo.” E quase sussurrando disse-me: “Eu quero ser policial!” e sorriu com os dentes aparelhados. Eu também sorrindo afirmei que não via problema algum querer ser policial, desde que fosse honesto e íntegro em seu caráter, ele seria um bom policial pois que eles/elas existem.
Que conselho você daria para os profissionais que desejam começar a colaborar na Cronoshare?
De início, não acreditei que seria possível entrar em contato com diversas pessoas, de todos os tipos e de todos os lugares do Brasil, seja em São Paulo ou no interior da Bahia. Realmente funciona.
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